terça-feira, 9 de junho de 2009

Uma proposta - proibir que as empresas financiem campanhas eleitorais

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Nós temos que dialogar, e apresentar as razões para mostrar que é inclusive um projeto que diminui os custos das campanhas eleitorais. Diminui as ilegalidades, o caixa dois, fraudes em licitações e obras públicas. Portanto melhora a qualidade da gestão pública e a qualidade da política no Brasil. A partir dessa convicção, tenho certeza que a sociedade irá compreender e apoiar.

A frase é do deputado federal Flávio Dino, do PCdoB do Maranhão, que recentemente apresentou no Congresso Nacional um Projeto de Lei que proíbe as empresas de financiarem as campanhas eleitorais.

A questão é que doações de empresas, via de regra, são feitas para receber o dinheiro de volta depois, com algum benefício escuso em leis, contratos ou licitações.

O projeto de lei prevê que apenas pessoas físicas possam fazer doações, até um valor limite (para evitar que laranjas doem em nome de empresas).

Veja a entrevista com o deputado no Terra Magazine.

Este blog apoia esta iniciativa. Mas não basta. É preciso muito mais. É preciso interferir também na maneira como as campanhas são estruturadas, senão continuaremos tendo o monopólio do exercício da política por que tem dinheiro para fazer campanhas caras. E também na maneira como os partidos políticos funcionam - via de regra são as instituições menos democráticas da sociedade, o que não deixa de ser uma ironia de muito mau gosto.

Veja também:

Beto Richa e seus financiadores de campanha (no Catatau)

Sobre o caso Celso Daniel (aqui neste blog)

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