terça-feira, 23 de junho de 2009

O Departamento de História discutindo os problemas da USP

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Esta carta me chegou por e-mail, visto que sou aluno de doutorado lá do departamento de História da USP. Daria um olho para estar lá, mas não foi possível:

Dando prosseguimento à nossa disposição de abrirmos um diálogo franco e amplo entre todos os membros do Departamento de História nesse momento de tensões que atingem a todos nós, realizaremos outro encontro dia 17/6, quarta-feira próxima, às 17:00 no auditório da História. No xerox há um texto que pode ajudar-nos a pensar, intitulado "A Faculdade no Centenário da Abolição", de Antonio Candido, publicado em "Vários Escritos". Além do que o texto poderá nos inspirar, partiremos do que foi dito na nossa primeira reunião, que em linhas gerais diz respeito a: discutir a democratização da universidade e ampliar o debate a esse respeito, inclusive para fora da universidade; pensar em novas práticas de ação e avaliar os prejuízos trazidos pela
greve; aproveitar a crise vivida para pensar sobre a qualidade do ensino e sua vinculação com a prática, sobre o papel da universidade, sobre a educação pública e a UNIVESP; discutir o papel dos professores fora de sala de aula; discutir as formas violentas de impor as posições; exercitar o poder de argumentação.

Procederemos da mesma forma feita na reunião anterior, aceitando a inscrição de todos até um dado teto de tempo, para que dessa forma possamos conhecer o maior número possível de posições e nos fortalecermos a partir daquilo que nos une.

Aproveito para agradecer a presença de todos na reunião do dia 10/6.

Cordialmente, Chefia do Departamento de História.


Como se pode ver, há gente fazendo a necessária auto-crítica, e espera-se que a maioria possa derrotar esta minoria hiper-ativa que domina o movimento estudantil e sindical. Pergunto se era necessário chegar a tanto para isso acontecer.

Já da reitoria, do comando da polícia, do governo do estado e da imprensa não há que se esperar nenhuma auto-crítica. A truculência é seu modus operandi - que só será mudado com um amplo processo político.

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